A última carta
Meu querido,
Há coisas que o tempo nunca apaga, e entre elas está o amor que carrego por você. Escrevo hoje porque há palavras que precisam ser ditas antes que o silêncio tome conta de tudo.
Lembro-me do dia em que seus olhos encontraram os meus pela primeira vez. Havia brilho, havia promessa, havia uma história começando sem que soubéssemos. Como duas almas que se cruzam e, sem perceber, passam a caminhar juntas.
O tempo passou, e em cada instante eu descobri um pouco mais sobre você. Seus medos, seus sonhos, suas dúvidas. E, acima de tudo, seu jeito único de amar, de se entregar, de transformar a minha existência em algo maior. Você me ensinou que o amor não mora nas palavras bonitas, mas nos gestos pequenos, nos olhares sinceros, na paciência dos dias difíceis.
Ainda sinto seu perfume no vento, como se o mundo quisesse me lembrar de que, por mais distante que esteja, nunca estará ausente. E isso dói. Dói porque há um espaço dentro de mim que só pertence a você, e nada neste mundo será capaz de preenchê-lo.
Se eu tivesse mais um dia ao seu lado, eu diria tudo o que nunca tive coragem. Diria que sua risada iluminava até os momentos mais escuros, que seu abraço era o refúgio onde eu podia descansar de todas as tempestades. Diria que seu amor sempre foi minha maior certeza, mesmo quando o mundo parecia incerto.
Mas sei que as palavras nunca serão suficientes para trazer de volta o que o tempo levou. Sei que a vida segue seu curso implacável, deixando rastros de saudade por onde passa.
Se um dia sentir minha falta, feche os olhos e escute o vento. Eu estarei lá, em cada brisa, em cada lembrança, em cada sonho que ainda pulsa dentro do seu coração.
Com todo o amor que sempre será seu,
*Para sempre…*
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